Sempre que surge a vontade de fugir, de sair correndo, de
simplesmente dar as costas e deixar todo o resto para trás, lembro exatamente
de tudo isso, toda essa estrada que percorri e deixaria para trás servindo
apenas de memória para os frequentes dias de solidão e embriaguez.
De alguma forma, todos estes caminhos e estas estradas nos
levam de volta para casa em algum momento de nossa vida, sabe-se lá quando,
seja lá aonde for, aonde quer que nosso coração esteja no meio da noite.
Para a mente, uma mente incomum como qualquer outra, existe
esta eternidade do tempo quando não queremos esquecer um sorriso. Mas, o corpo
definha, e com ele nossas energias.
Por mais que haja brilho nos olhos, o tempo, esse que não dá
trégua, é o mesmo que nos alegra e nos entristece. E não é sobre desistir. Não.
Nunca é sobre desistir. É sobre superar. É sobre aceitar, mesmo sem concordar,
e seguir em frente, seguir a estrada, com a hora certa para frear e a hora
exata para acelerar um pouco mais, sem parar um único instante.
09 de maio de 2018
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