26/03/2014

Coisas estranhas acontecem em quartas-feiras – 2.

Em uma postagem anterior (há tempos), falei sobre estas coisas doidas que acontecem no meio da semana. Para quem não viu, leia aqui. Abaixo, outro caso de quartas-feiras sem nexo.

... aí você marca uma reunião com uma megaempresa; reunião marcada para uns 15 dias adiante. Até aí, tudo bem. Um pouco de ansiedade por conta da importância da reunião... Mas, tudo certo. Sua vida vira um inferno sem tempo pra absolutamente nada nos últimos dias, comendo mal, dormindo 2 horas por noite.

Nos dois dias anteriores a dita reunião, duas noites sem dormir aperfeiçoando tudo o que será apresentado. Um dia antes, 80% do seu dia a milhão, sem saber das horas, esquecendo nomes, datas, compromissos; telefones tocando, ligações o dia todo, e parece que as coisas não estão andando.

Noite anterior à bendita reunião. Últimos retoques no projeto. Madrugada sem dormir ensaiando a oratória e tudo mais... pra fazer aquela moral e mostrar que se importa: afinal, você passou a última semana focado apenas nesta reunião.

Reunião: 9 horas (sim, da manhã). Você levanta às 7h, toma um belo banho. Sem café da manhã, pra nada atrapalhar durante as próximas horas.

Chegou a hora. Você estaciona sua motocicleta super especial NO ESTACIONAMENTO da empresa; afinal, você é apaixonado pela sua moto, e não quer que nada aconteça a ela num ambiente hostil cheio de caminhões e possíveis imbecis (sem generalizações).

A reunião? Formidável. Você não usou 20% de tudo o que preparou. Foi super bem recepcionado. Segurou a onda, mostrou que entende do assunto; tirou sorrisos, apertos de mão e tudo mais.

Hora de ir para o café mais próximo e finalmente acordar às 10 horas da manhã, com a maior pressa do mundo, pois tem muito compromisso com hora marcada e muita coisa pra fazer com tempo reduzido.

Imagem ilustrativa: essa não é a moto, tampouco a gerente
(que pena).
Estacionamento da empresa: a moto, fora do lugar. Retrovisor direito quebrado. Retrovisor esquerdo, torto. Setas esquerdas, quebradas. Manopla esquerda, quebrada (misteriosamente esse pedaço da manopla + um pecado de uma das setas sumiram). Tanque riscado no lado esquerdo. Placa e suporte de placa, tortos. Farol, trincado. Lanterna traseira, quebrada (com a moto parada, ninguém viu, mas, o velocímetro não está funcionando).

Você volta para a recepção, fala sobre o que aconteceu, toma 20 minutos de chá de cadeira sem nenhuma resposta. Finalmente aparece alguém. Esse alguém só passou pra saber o que houve. Você faz algumas fotos na presença dele para registrar o ocorrido e ninguém dizer que você é quem atacou sua própria moto. Ele sai. Minutos depois, outras pessoas. Mesma coisa.

Nas imagens do circuito interno, uma gerente resolveu meter o loco e sair com o carro para uma suposta emergência. Mesmo com um espaço que daria para estacionar um trator (dos grandes), ela derruba sua moto. Avisou alguém? Não. Chamou alguém? Não. Só levantou a moto na maior força e fez como se nada tivesse acontecido. (Essa é gerente da empresa).

E essa foi à quarta-feira, 26/3/14, começando. Vamos ver como será o resto do dia.

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Aqui, uma música para acompanhar a leitura (me lembrei dessa música enquanto escrevia o texto). Psycho Killer – Talking Heads.