15/03/2013

A Selvageria do Silêncio (2)

Separação do potencial. É quando não lhe dão a mínima credibilidade por absolutamente nada. É quando o que fazemos não importa. É quando já não somos ou nunca fomos importantes o suficiente para sermos lembrados. Essa é a separação da mente e do corpo. Separação do potencial.

É quando não se vê mente, mas sim, apenas o corpo. O potencial jogado ralo à dentro. O excremento orgânico sobreposto à natureza do pensamento. Segregação. Apatia às palavras e ao conhecimento. É quando se ignoram o que há por trás dos olhos, e se atém apenas à cor dos mesmos. É quando não se vê mente.


E mente. Comumente. Comum. Mente. Mentecapto. Metacarpo. Mentes-tu verdadeiro. É quando não se vê. Mente! Mente, e diz que compreende. Incompreensível. Mentira de nove modas. É comum assim. Comumente mentimos a mente; e transformá-la em algo que não, para ser aceita. E mente.


Mas se constrói. Se constrói o que não pode ser visto. Se constrói a inexistência. Se constrói o que não é palpável; o que não é vendável. Se constrói o que não tem marca. Não pode ter. Não possui. Não usufrui. Não se usa. Se constrói, assim, a compreensão. Inutilizada. Inútil. Talvez. Mas se constrói.

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