E você aí pensando que é grande
coisa. Mas deve ser mesmo. De repente, todos nós somos e não nos demos conta.
Só percebemos o quanto o ser humano é importante quando olhamos para um. Mas,
quem? Quem é esse? Somos nós? Ser humano não é sinônimo de humanidade.
Humanidade é outra coisa. É um pertencimento. É sentido e sensação. Mas nós,
não. Somos apenas humanos (demasiado humanos). E não fazemos ideia do quanto
isso significa. E você aí se sentindo especial entre sete bilhões de
concorrentes ao ser humano do ano. Tanta gente por todo o lado, e cada um em
seu microuniverso acreditando piamente que deus está olhando diretamente para a
sua cabeça, lá de cima, e dizendo algo do tipo “você é o cara, meu chapa”. E no
fundo você sabe que Deus deve ter mais o que fazer.
Mas, tudo bem. Tudo certo. A
coisa é assim mesmo. Depois do antropocentrismo, a gente sai por aí o tempo
todo pensando que é a última bolacha no pacote. Entretanto, nem só de coisa boa
vive o homem, não é mesmo? Quanta coisa te tirou do caminho e te fez repensar
essa sua vidinha miserável? Tudo bem, tá certo, você deve ter conquistado muita
coisa legal e positiva na vida. Mas, convenhamos... eu sei bem que, lá no
limiar entre o sono, o sonho e realidade, em algum momento você pensa que
poderia ter sido, feito e proporcionado mais. Fique tranquilo, meu amigo ou
minha amiga dona de casa... Todos nós passamos por isso. Afinal, você não é o
único a se sentir único. Eu, por exemplo, ainda admiro as casas pelas ruas
quando as vejo e penso que algum pedreiro analfabeto as construiu, e acho
incrível. Ainda reflito quando entro em um banheiro e percebo que alguém esteve
ali mantendo tudo limpo, e esse alguém normalmente é um anônimo que nunca saiu
em nenhum jornal, um Zé ou uma Maria qualquer que não é ninguém... além de
alguém que está ali zelando e cuidando de nossas vidas sem que ao menos nos
demos conta. E você aí divinizando cada momento do seu dia e dando graças ao
abstrato, quando não é capaz de perceber uma fração da realidade. Prestenção!
Prestem a atenção, meu amigo e minha amiga, e percebam o quão peculiar sonos
todos nós em nossa humilde simplicidade. Ninguém é alguém sozinho. Somos só
outro vislumbre de um louco qualquer sobre as águas. Novidade? Nenhuma.
Acredite no que quiser. Até mesmo em você mesmo.
Sinta. Veja. Perceba. Reflita.
Cheire. Suspire. Alegre-se. Contrarie-se. Ame. Sofra. Faça tudo o que lhe
couber e parabenize-se por cada ato falho e vanglorie-se por cada acerto. Mas,
não se esqueça dos milhares ao seu redor. Você é alguém justamente por
existirem tantos outros ao seu lado. Ninguém é alguém sozinho. E você aí
achando que é especial, enquanto um mundo de gente a sua volta pensa a mesma
coisa de si mesmo e nunca ouviu falar seu nome na vida.
Sinta. Veja. Perceba. Reflita.
Ame. E compreenda que não existe nada o que você possa fazer de ruim, e só
produza e transforme coisas boas... pois o mundo ainda é o mundo, com ou sem
você.
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