03/10/2025

Sobre o livro "Rebeca Weisheit - do abismo da existência" | Marco Buzetto

Aqui falo um pouco sobre as bases do livro Rebeca Weisheit - do abismo da existência, livro publicado primeiramente em 2013 e que conta, até esta data, com 3 edições: 2013, 2016 e 2023. Rebeca Weisheit, uma mulher jovem entre seus 20 e 30 anos de idade, tem em si alguns vícios contra o mundo, entre eles o sexo e a Filosofia, ambos acompanhando a personagem em busca de respostas. Rebeca contesta a verdade, a felicidade, o amor, a morte, clichês da vida, mas também as relações cotidianas das pessoas entre si e com o mundo.


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Sobre o livro "Conturbado - uma breve história sobre o mal inominável | Marco Buzetto

Aqui falo um pouco sobre meu livro Conturbado - uma breve história sobre o mal inominável publicado em 2020. Escrito em 2018, o livro reflete muito de nossa história recente, principalmente a partir daquele ano. Um terror com identidade própria sobre o "mal" que não possui necessidade de ser nomeado, pois ele é o que só poderia ser: o mal em sua simples essência de existir como ele próprio.




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24/03/2025

Lançamento | Da finitude de todas as verdades, 2ª edição


"Da finitude de todas as verdades" 2ª edição, 2025. Já disponível para compra.

Um livro de introdução ao pensamento filosófico, "Da finitude de todas as verdades" foi publicado em 2021 e agora recebe sua nova edição pela Letravox, apresentando um texto de fácil acesso e leitura fluída sobre o cotidiano de nossas vidas, a busca pela felicidade, os sacrifícios diários e nossa noção - ou falta dela - sobre a realidade, tudo isso em um resgate estoico de filosofias do conhecimento para uma vida mais próximo do real.

Apresentação

Não é incomum ouvirmos (ou fazermos) perguntas como “Para que serve a Filosofia, a História ou a Sociologia?”. Na verdade, questões como estas são muito comuns, principalmente se você estuda alguma destas áreas sumariamente menosprezadas no dia a dia, ou, então, extrapolando a vivência sobre os temas, se você é professor de uma destas matérias. Quando alguém me faz uma pergunta assim, como por exemplo “Para que serve a Filosofia?”, normalmente respondo de forma bem-humorada: “Bom, em primeiro lugar, serve para você não fazer mais essa pergunta”; e a conversa flui um pouco melhor com um sorriso no rosto (no meu, claro). Em segundo lugar, eu diria que a Filosofia, a História ou a Sociologia, servem para nos comunicarmos, e assim compreendermos uns aos outros da melhor maneira possível. Comunicar, porém, compreendendo a comunicação de informações coerentes, críticas, de conteúdo positivo que nutram nosso intelecto e possibilitem novas informações tão ricas quanto aquelas que absorvemos, transformamos e compartilhamos. Claro, existem os clichês que nos dizem que a Filosofia serve para compreendermos a nós mesmos e ao mundo, e embora esta seja uma resposta correta, é preciso criar novos clichês e etiquetas (rótulos) para explicarmos para que serve isso ou aquilo, pois até mesmo isso ou aquilo podem não mais ser isso ou aquilo em algum momento, pelo simples fato de tudo se transformar, inclusive a própria História e nossa relação com tudo o que nos cerca e compete a nós.

Este livro em suas mãos não tem a pretensão de transformar sua vida. Aspira, porém, ainda menos a não transformá-la. É consenso: todos temos a capacidade de transformar nossa realidade, por mais dificuldades que as muitas variadas circunstâncias do cotidiano nos imponham, das mais banais às mais radicais; mas sabemos também que nada é tão fácil quanto se imagina e se quer, e é por isso que estamos conversando aqui e agora, neste “monólogo” de mim para você, leitor – e digo “monólogo”, entre aspas, pois certamente você manterá um bom diálogo comigo e com você mesmo no decorrer desta leitura, mesmo que apenas minhas sejam as palavras em primeiro plano. Mas, o que quer este livro, então, se não é transformar ou não transformar? Concordando que temos a capacidade de transformarmos a nós mesmos, sabemos que temos a capacidade de fazer isso devido, também, às influências externas, pois somos indivíduos históricos e somos criados – por nós mesmos e pela sociedade – na medida em que existimos e em que a própria história acontece; sendo assim, já entendemos que não existe uma receita pronta para transformação alguma. Não existe manual ou regra definida para todos que sirvam aos indivíduos, pois cada um de nós sente e existe de maneiras absolutamente individuais. Por mais que uma “receita de felicidade” sirva para dez pessoas ao mesmo tempo, cada uma delas sentirá essa “receita” a sua própria maneira, e, ouso dizê-lo, é mais provável que uma pessoa se adapte à “receita” para que lhe sirva do que realmente exista uma “receita” que sirva para todo mundo. Resta-nos, então, a adaptação de nós mesmos por meio do conhecimento que temos sobre nós mesmos e tudo o que nos rodeia (e que nos influencia). E é isso o que este livro pretende: elevar nossa busca por conhecimentos dos mais variados. Se servirá para uma ou dez pessoas, sinceramente, isso não cabe a mim analisar, mas sim, a cada um que participará de nossa conversa no decorrer destas páginas. Este, então, é um livro introdutório, cujo desejo maior e objetivo final é o diálogo – que, repita-se, apenas na sua leitura se completará, caro leitor. Após lida a última página, você poderá, novamente, se perguntar para que serve isso ou aquilo em sua vida, como a História, a Sociologia ou a Filosofia.

 

Compre diretamente no perfil do Instagram com frete grátis ou nas melhores livrarias; no site da Livraria Martins Fontes Paulista clicando em “Da finitude de todas as verdades”. 

17/02/2025

Lançamento | Almoço no Jardim, primeira peça de teatro de Marco Buzetto


Almoço no jardim
tem o fim em si, tal como a vida do protagonista, Diógenes, o cínico da vida burguesa – no mais popular do termo –, que se esforça para ter certeza do que diz e vencer a hostilidade do ambiente sacerdótico do deus dinheiro. Para Diógenes de Oliveira, o monopólio da felicidade de seus amigos, além do acúmulo de um sentimento de opulência, cria a falta de toda alegria do lado de fora dos portões. 

O casal de anfitriões, Alberto e Beatriz, celebra a riqueza presenteando seus convidados com o tradicional banquete aos domingos em um oásis entre concreto e asfalto e grandes janelas de vidro que cercam seu paraíso urbano, uma vitrine das conquistas dos escolhidos. Não se compadecem ou se incomodam com os olhares curiosos e famintos que espiam entre as grades do grande portão de ferro fundido, olhares cotidianamente acusados por Diógenes, que faz questão de apontá-los ao dono da casa. A contragosto do patrão, os olhares comem os restos e as migalhas permitidos a eles apenas por estarem do lado de fora – mas sob controle de Alberto que detém cada vez mais os recursos ao redor e diz que tudo dentro de seus portões pertence a ele.

Beatriz exalta sua opulência em forma de comida à mesa, descrição dos sabores e efusividade em falar de cada prato servido e seu paladar, e deixa claro o aumento de seu poder quando novos empregados surgem no decorrer das cenas, pessoas da rua engolidas pelo portão em que eles mesmos se apoiam buscando alento, um portão que é ele mesmo uma personagem viva que se move para dentro e para fora devorando corpos, objetos e terreno. Nenhuma riqueza das personagens tem sua origem revelada, a exceção da de Natasha, esposa de Diógenes, que confessa ter seu pai como provedor da herança, transferida pelo patriarcado a seu esposo. O dinheiro de Charles, o pastor esposo de Rita, é ampliado pela dedicada exploração da fé acusada por Diógenes, amigo de longa data que com ele resgata a memória violenta de uma festa de Natal que situa o pastor na persecução da realidade a que se habituou, recusando-se a ser ele próprio um “menino de rua”. 

Como boa esposa defensora da imagem e dos símbolos, Rita articula o assassinato de Diógenes pelas mãos de sua esposa, movida pelo ciúme de uma vida que, tendo existido, teria a excluído da realidade: a união de Charles e Natasha que nunca acontecera. Ao lado de Beatriz, influencia a todo custo o envenenamento pelo sempre presente “copo meio cheio”. Diógenes aceita seu destino e se dedica aos goles, um após o outro, dos copos cheios que o ambiente lhe proporciona, tragando o prazer e o sabor do Tempo que se aproxima a cada gole.

Ele, O Tempo, a deusa-menina, rompe a barreira do real na visão de Diógenes e – sob a tutela da Narradora – se apresenta a ele impondo sua condição: O Tempo é o grande deus e tudo nele existe, tudo escorre por entre seus dedos que criam e encerram a vida como uma criança brincando com argila e gargalhando seus feitos vendo tudo ao redor se dissipar.

Compre com o autor via Instagram, pelo formulário ao lado ou no site da Livraria Martins Fontes Paulista em ALMOÇO NO JARDIM.