25/10/2013

Orgasmos, você já teve ou é lenda? Leia algumas curiosidades.

Acho que a vida não vale muito a pena quando não se tem um orgasmo, ou milhares deles, durante o sexo. Ainda mais no caso das mulheres. É triste saber que muitas nunca sentiram um orgasmo. Todas as mulheres merecem ter orgasmos.
Na cama, da minha parte, o mais importante é que a mulher se satisfaça. O resto não importa.
 
Abaixo, algumas curiosidades.
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1. Um terço das mulheres brasileiras nunca atingiu o orgasmo.


De acordo com pesquisas realizados pela psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas da USP, cerca de um terço das mulheres brasileiras nunca chegou ao clímax durante a penetração nem durante a masturbação. Em outros países esse índice é ainda mais chocante. Um estudo encomendado por sex shops na Inglaterra detectou que 80% das mulheres não atingem o orgasmo durante as relações. Por isso, se você ainda não chegou lá, fique calma, você não está sozinha. "Sexo é um aprendizado constante. Cada relação é diferente e não é porque você não sentiu determinada até hoje que isso não possa acontecer amanhã. Você tem todas as ferramentas, só é preciso se conhecer para saber como usá-las a seu favor", garante Celso Marzano, urologista, sexólogo e terapeuta sexual.

2. Usar salto pode ajudá-la a chegar lá.


Segundo um estudo da Universidade de Verona, usar salto ajuda a relaxar e a fortalecer os músculos da região pélvica intensificando as contrações durante o orgasmo. Porém, o efeito positivo não aumenta de acordo com o tamanho do salto. Para Maria Cerruto, coordenadora da pesquisa o ideal é um salto que tenha entre 4 e 5 centímetros.

3. Ele pode aparecer na academia.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Centro de Saúde Sexual da Universidade de Indiana, nos EUA, 40% das mulheres entrevistadas já tiveram prazer induzido pelo exercício ou orgasmo mais de 11 vezes em suas vidas. Das mulheres que tiveram orgasmos na academia, cerca de 45% disseram que a primeira experiência foi ligada a exercícios abdominais; 19%, ligado à bicicleta e corrida; 9,3%, ligado ao escalar. Já 7% delas relataram uma conexão com o levantamento de peso e outros 7% com a execução; o restante das experiências incluiu vários exercícios, como ioga, natação, aparelhos elípticos e aeróbica. O mais surpreendente é que isso não teve relação com fantasias sexuais ou pensamentos com o sexo oposto.

4. Mulher realmente demora mais.

Para que o homem fique excitado, seu organismo precisa bombear cerca de 10 ml de sangue para seu pênis. Já o órgão sexual feminino, que é mais complexo, precisa de aproximadamente 200 ml. "Isso faz com que a mulher precise de um pouco mais de tempo, porém essa resposta sexual pode ser mais rápida quando ela já começa a pensar em sexo e se preparar para a relação. Porém, o que mais conta aqui são as questões emocionais. Autoestima, autoconfiança, estado emocional, dinâmica do casal e vínculo afetivo podem influenciar no orgasmo feminino", afirma Celso Marzano.

5. Existe até plástica para facilitar o orgasmo.

Conhecida nos EUA como G-Shot, a técnica promete aumentar o ponto G por meio de injeções intravaginais de colágeno, aumentando o atrito durante a penetração e permitindo assim que a mulher chegue ao orgasmo mais facilmente. O procedimento, que custa em torno de R$ 3,5 mil, é feito com anestesia local e dispensa internação. Porém, a técnica gera polêmica e não é reconhecida pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

6. O recorde mundial de orgasmos é de 222.


O registro foi feito durante o evento Masturbate-a-Thorn, em 2009, na Dinamarca. É claro, que a marca alcançada por Deanna Webb será difícil de bater, mas isso não quer dizer que você não possa tentar. Segundo Celso Marzano, toda mulher tem capacidade física de ter um orgasmo múltiplo. "Isso acontece porque o corpo feminino é capaz de manter a excitação, mesmo após o primeiro orgasmo. Por isso, com estímulo ela é capaz de sentir um novo clímax", explica o médico.

7. Camisinha não afeta o orgasmo.

Não há desculpa para não se proteger. Segundo estudo realizado pela Universidade de Indiana, nos EUA, a qualidade dos orgasmos femininos não tem nenhuma relação com o uso da camisinha. Aliás, a camisinha pode até ajudar já que diminui a preocupação do casal, costuma retardar um pouco a ejaculação masculina, dando mais tempo para a mulher chegar lá, e ainda auxilia na lubrificação.

8. O orgasmo é mais provável na primeira quinzena do ciclo menstrual.

"Durante os primeiros 15 dias do ciclo menstrual os níveis de testosterona estão mais altos, o que garante mais tesão", diz Celso Marzano. Com isso a mulher acaba fazendo mais sexo nesse período e a libido afeta também a probabilidade do orgasmo feminino.

9. Mulheres têm mais orgasmos com homens ricos.


De acordo com estudo britânico, da Universidade de Newcastle, o dinheiro é um fator que pode influenciar o orgasmo. Para os cientistas responsáveis pela pesquisa isso seria resultado de uma adaptação evolucionária. Aparentemente sem preocupações de como vão as contas, as mulheres conseguem se entregar mais à relação sexual. Segundo a sensual coach Fátima Moura, a desconcentração na hora H é uma dos principais fatores que afastam as mulheres do tão desejado orgasmo. "A mulher em geral está com tantas coisas na cabeça, preocupada e encucada com tantas questões, que acaba não conseguindo se entregar e perceber as sensações de seu corpo durante o sexo", justifica.

10. Preliminares devem durar entre 15 e 20 minutos.


É claro que esse tempo pode variar muito de acordo com o momento, mas, segundo Celso Marzano, as mulheres precisam de 15 a 20 minutos de preliminares para estarem lubrificadas e excitadas o suficiente para uma penetração prazerosa. "Cada pessoa tem uma resposta sexual diferente, não existe uma receita. Então, é essencial se tocar e se conhecer para saber quais ingredientes são necessários para você", diz. Para Fátima Moura, o autoconhecimento também é uma palavra chave. "Quando a mulher se experimenta vai descobrindo que tipos de carícia são mais excitantes, de que velocidade, pressão e tipo de movimento dão mais prazer e facilitam seu orgasmo", afirma ela.

11. A idade influencia.


A partir dos 50 anos existem algumas questões físicas que jogam contra o prazer feminino, porém a experiência pode ajudar. "Nessa época as variações hormonais fazem com que a lubrificação geralmente fique mais difícil. O desejo pode diminuir também gerando complicadores emocionais. Se a mulher está com a autoestima abalada isso vai refletir na vida sexual", explica Celso Marzano. Por outro lado, com a idade a mulher tende a conhecer melhor o próprio corpo fazendo o caminho para o orgasmo algo menos tortuoso.

12. Um orgasmo pode gerar uma descarga elétrica de até 244 milivolts.


Durante o orgasmo as paredes da vagina liberam energia e sofrem contrações musculares involuntárias, seguidas de uma sensação de relaxamento. Segundo Jairo Bouer e Marcelo Duarte, autores do Guia dos Curiosos – Sexo, a descarga elétrica produzida por cinco mulheres tendo orgasmo seria suficiente para acender uma lâmpada.

13. Manter pés aquecidos aumenta as chances de orgasmo.


Apesar de parecer estranho é exatamente isso que mostra uma pesquisa realizada pela Universidade de Groningen, na Holanda. Segundo os cientistas manter os pés aquecidos por uma meia, por exemplo, aumenta em 30% as chances de você chegar lá. Se você acha que transar de meia pode cortar seu tesão, experimente pedir ao parceiro que faça uma massagem em suas pés com um óleo de massagem que esquenta.

14. Musculação íntima pode intensificar o orgasmo.


O pompoarismo, antiga técnica oriental derivada do tantra, pode facilitar o caminho para o orgasmo. Com esses exercícios íntimos é possível fortalecer a musculatura vaginal e obter mais controle sobre seus movimentos. Segundo a Fátima Moura, ele ajuda a aumentar a libido, melhora a lubrificação e faz com que você atinja o clímax com mais facilidade. Além disso, sabendo controlar melhor sua musculatura vaginal, a tendência é que os orgasmos fiquem ainda mais intensos.

15. Orgasmo alivia e retarda dores.

Durante a relação sexual o corpo libera endorfina, que é responsável pela sensação de prazer e satisfação. Segundo estudos do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas USP (ProSex), o ápice disso acontece justamente no momento do orgasmo quando acontece um estado de relaxamento físico total. Na mulher também ocorre a liberação do hormônio ocitocina, que promove a contração do útero. Esses fenômenos ajudam a aliviar dores de cabeça, reumáticas, menstruais, melhoram o sono, reduzem o estresse e favorecem o metabolismo. O orgasmo é capaz de deixar até a pele mais viçosa, já que melhora a circulação sanguínea.

16. A educação pode influenciar no orgasmo.


Um estudo realizado na Alemanha sugere que quanto mais educação tiver a mulher menor são as chances de ela chegar ao orgasmo. A pesquisa, realizada com 2 mil mulheres com idades entre 18 e 49 anos, indica que 62% das entrevistadas possuíam ensino superior afirmaram que tinham problemas frequentes para chegar ao orgasmo, enquanto apenas 38% das mulheres com menos educação relataram o mesmo problema. Para os pesquisadores a possível explicação para esse fenômeno é a diferença entre os perfis, pois as mulheres que estudaram mais geralmente possuem mais responsabilidades e consequentemente estresse, o que leva a esse maior bloqueio sexual.

17. A ejaculação feminina não é lenda.

Algumas mulheres, em virtude de um orgasmo vaginal intenso, liberam muito líquido durante o ato sexual e chegam até a achar que urinaram. Segundo Regina Navarro Lins e Flávio Braga, autores de O Livro de Ouro do Sexo, esse fenômeno ocorre por meio das áreas sexuais que circundam a uretra, especialmente o ponto G, normalmente localizado cerca de 2 a 3 cm a partir da entrada da vagina. Cerca de 10% das mulheres apresentam esse tipo de ejaculação.


 

21/10/2013

Vibrador?


Ouço muita mulher (e alguns homens) falando muito bem dos vibradores, mas reclamam da questão das pilhas e baterias.

Sou muito caridoso a causa do prazer individual e o sexo consigo mesmas(os); talvez pelo meu pansexualismo, e também o amor e dedicação às mulheres.

Para sanar a questão das pilhas, poderiam inventar um vibrador que se auto-recarrega por atrito. O que acha? Energia gerada pelo atrito. Quanto mais se usa... Enfim.
Gostaram minha da idéia?
Abaixo, postagem de Nathalia Ziemkiewicz, do site Pimentaria 

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Seria uma broca dentária vintage?
por: Nathalia Ziemkiewicz

A primeira batedeira inventada? Nã-nã-ni-nã-não! Façam reverências, queridas: taí o precursor daquele aparelho que te faz vibrar-ar-ar de alegria. Eu vou te contar a história do vibrador e você vai achar que eu tô fazendo graça. É uma verdade tão inusitada que ganhou até filme no ano passado. Clica no trailer da comédia “Histeria” e, se quiser mais informações, tem uma resenha aqui.

Lá no século 19, uma “doença psíquica” contaminou as mulheres londrinas. Os sintomas eram irritabilidade, ansiedade, falta de apetite, choro, dores de cabeça, fantasias eróticas, excitação. Na verdade, qualquer desvio de comportamento (por exemplo, não obedecer o marido) levava as moças da alta sociedade ao consultório médico. O então famoso Dr. Robert Dalrymple diagnosticava: “Ah, isso é histeria”. Acreditava-se que o problema tinha a ver com distúrbios no útero. O tratamento indicado? Pasmem: longas massagens no clitóris da paciente, feitas pelo próprio doutor, numa maca de seu ambiente de trabalho.

Com as mãos, ele executava movimentos repetitivos na vagina até que a “doente” iniciasse uma sessão de “histeria” com gritos e gemidos (hoje encontramos nos dicionários a palavra “orgasmo”). Louvado seja Dr. Robert, aquele gênio. As pacientes saiam calmas que era uma beleza – mas, olha que coisa, os sintomas voltavam dali a um tempo. Pô, até eu encenaria pra ser tratada assim de novo… Só sei que os consultórios lotaram e os médicos passavam horas e horas masturbando raparigas em nome da profissão. Um deles desenvolveu dores crônicas nas mãos. A sorte do jovem doutor é que ele tinha Edmund St John-Smythe como amigo. Esse cara inventou um massageador elétrico para êxtase das senhoras vitorianas.

Com o tempo, o aparelho passou a ser vendido e as pacientes podiam se tratar em casa. Acharam a “cura” para o desejo sexual feminino. Quando descobri tudo isso, a primeira coisa que me veio à cabeça foi lançar uma campanha “Por homens com tendinite”. Brincadeirinha, hein? Tô prevendo a Associação Brasileira de Ortopedia me escrevendo pra reclamar da apologia a uma doença que atinge blablabla. Óbvio que os vibradores são uma fabulosa invenção, mas e se a pilha acabar, né, gente? O pimentão precisa saber se virar sozinho! E vocês podem retribuir com isso aqui.
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fonte: http://napimentaria.com.br/a-invencao-do-vibrador-ou-somos-todas-histericas/

18/10/2013

Sexismo! Existe ou não? Sabe o que é?

Muita gente jura que não existe. Dizem que nunca viram, que é história, é lenda, e não acontece no dia a dia.

Outros(as) afirmam que sim. Existe! Muito(as) já viram, já passaram por isso, já foram vítimas, e sofrem este tipo de preconceito no dia a dia.

Bom, pra começo de conversa, aqui está uma definição, segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, sobre Sexismo e Discriminação.
 
Sexismo
Substantivo masculino.
1.Atitude discriminatória em relação ao sexo oposto.


Discriminação
Substantivo feminino.
1.Ato ou efeito de discriminar.
2.Faculdade de distinguir ou discernir; discernimento.
3.Separação, apartação, segregação.


Discriminação genética. 1. Recusa em aceitar candidato a emprego, a cobertura pessoal por seguro, etc., com base em informações obtidas, principalmente, mediante provas laboratoriais de investigação genética.

É comum as pessoas serem discriminadas por conta do gênero sexual, impedidas de trabalhar ou frequentar ambientes, consumir determinados tipos de produtos ou desempenharem certas funções? Normalmente, as mulheres são as maiores vítimas deste preconceito.

E você, já viu, ouviu, conhece alguém que já foi ou ainda é vítima desta forma de preconceito?

Deixe seus comentários e compartilhe com os amigos.
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Na sequência, uma matéria sobre sexismo, extraída do site: www.femininoplural.org.br, sobre matéria da Carta Capital, em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-cultura-do-estupro-gritando-e-ninguem-ouve/
 
A Cultura do estupro gritando – e ninguém ouve.
Por Nádia Lapa*
 
Como a essa altura vocês já devem saber, Gerald Thomas tentou colocar as mãos por dentro do vestido da Nicole Bahls durante um evento no Rio. Era noite de lançamento de um livro dele e a Livraria da Travessa estava lotada. Repórteres, cinegrafistas, funcionários da loja, clientes.

Pelas notícias, ninguém fez nada. Nas imagens dá para ver que o colega de trabalho de Nicole no Pânico continuou a entrevista como se nada tivesse acontecendo. Enquanto isso, Thomas enfiava a mão entre as pernas de Nicole e ela tentava se desvencilhar.

Sempre rolam os xingamentos à mulher, claro. São os usuais: que ela estava pedindo, que ela estava gostando, que o trabalho dela é esse mesmo, que a roupa era justa. Vocês estão cansados de saber quais as justificativas injustificáveis para o assédio e a agressão sexual.

Mas duas coisas me chamam a atenção nesse caso. A primeira é ninguém ter feito nada. Acharem normal. Acharem aceitável. Se a agressão tivesse sido com uma atriz considerada recatada, as pessoas reagiriam da mesma forma?

Duvido. Indignar-se-iam, aposto. Muita gente nas redes sociais se posicionou e apontou o comportamento de Gerald Thomas como agressão, mas a imprensa tratou como algo que “Nicole não esperava”, mostrando o assunto como mero constrangimento.

Se a mulher geralmente já é tratada como “coisa”, como um objeto para deleite masculino, quando ela tem seu corpo e sua sexualidade transformada em um produto vendável, tudo só piora. Nicole faz sucesso porque tem um corpão, segundo os padrões de beleza atuais. Ela aparece de biquini na televisão, tira fotos “sensuais”, usa roupas curtas e provocantes. Como ela “provocou” (apenas sendo quem ela é), ela merece ser apalpada por um estranho.

Porém, não existe isso de “provocar”. Gerald Thomas não é um animal irracional. Ele – e eu e você – deve esperar o consentimento do outro para poder tocar em seu corpo. Nicole Bahls claramente disse “não”, ao tentar tirar as mãos de Thomas. Parece que não é suficiente, como não é suficiente quando viramos o rosto para evitar o beijo do desconhecido na balada.

Criou-se a idéia de que o homem deve insistir e insistir, enquanto a mulher tenta guardar algo. O “não” é visto como “talvez”. No entanto, se a mulher transforma o talvez em um “deixa pra lá”, ela na verdade não está consentindo. Não é um “sim” entusiasmado, intenso, certeiro, como deve ser em qualquer relação. É um “sim” por convenção social, por achar que ele já fez demais, que agora merece o contato sexual, que é melhor ceder e se livrar logo. Isso não é consentimento, é coerção.

O pior é que esses caras não se vêem como agressores, uma vez que todo mundo encara tais comportamentos como “normais”. Brad Perry tem uma frase ótima em Yes Means Yes*: “estes homens acreditam piamente que “não” significa “insista”, e nunca se vêem como estupradores, apesar de admitirem o padrão de ignorar e suprimir a resistência verbal e física”.

A segunda coisa que me incomoda no caso é terem dito “mas por que ela não fez algo?”. Infelizmente, a maior parte das pessoas que sofre algum tipo de agressão (não só sexual) não faz alguma coisa. Ser vítima é costumeiramente confundido com “ser frágil”. É difícil encarar polícia, legista, imprensa, opinião pública. No caso desse post, o cara estava agredindo na frente de todos – e ninguém fez nada.

Se fosse você a vítima, você não pensaria que a errada é você por não estar gostando, já que todo mundo está achando muito normal?

Lisa Jervis discorre sobre isso no mesmo livro: “estou falando de uma construção cultural nojenta, destrutiva, que encoraja as mulheres a culparem a vítima, a se odiarem, a se culparem, a se responsabilizarem pelo comportamento criminoso dos outros, a temerem seus próprios desejos e a desconfiarem dos seus próprios instintos”.

Se o corpo da mulher é ainda visto como “de todos”, como acontece no caso daquelas que usam a sexualidade para “vender”, fica ainda mais difícil ter noção de que o corpo lhes pertence. Que é só seu. Que ninguém, ninguém pode tocá-lo sem consentimento.

Acabarmos com a cultura do estupro é um processo social, coletivo, mas também individual. Nós temos que encarar nossos corpos como nossos e de mais ninguém, além de repensarmos o sexo, transformando-o no que realmente é: prazeroso e consensual. Qualquer coisa fora disso é agressão.

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(PS: Yes Means Yes é um livro de Jessica Valenti e Jaclyn Friedman sobre a cultura do estupro. É uma coletânea de artigos muito interessante e que recomendo muito. O texto de Brad Perry se chama Hooking up with healthy sexuality: the lessons boys learn (and don’t learn) about sexuality, and why a sex-positive prevention paradigm can benefit everyone involved.)

Enquete sobre animais como cobaias.

O que você pensa sobre a utilização de animais como cobaias para testes de produtos para seres humanos?
 
Como testar os prós e contras dos cosméticos que você usa?

É o mesmo para utilizar cobaias para testar medicamentos?

Como você imagina que deveriam ser os testes para produtos e medicamentos que consumimos?
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16/10/2013

Carta aberta a Comissão de Direitos Humanos

16/10/13

Em relação à proposta do deputado Washington Reis (PMDB-RJ), comandada por Marco Feliciano (PSC-SP) e a bancada evangélica.

[Obs.: esta proposta é a favor da discriminação exercida por líderes religiosos e permite que os mesmos empeçam a participação de homossexuais em igrejas e templos, alterando o Artigo 20 da Lei 7.716 de 1986, que penaliza a prática de descriminação e preconceito].

“Infelizmente a religião (cristã, neste caso) ainda é ponto de partida e de embasamento para propostas de leis que conseguem ser analisadas e votadas em tempo recorde.

Enquanto religiosos assim ainda se utilizarem de “ensinamentos e tradições religiosas” para conduzir a sociedade, o preconceito, o racismo, a discriminação, o machismo e o sexismo ainda existirão, e de maneira cada vez mais forte, buscando influências políticas.

Muitos deles condenam, como esta nova proposta de lei de veto, a prática homossexual e a presença de homossexuais em igrejas e templos; mas, para a prática de corrupção, envolvimento com o narcotráfico, prática de pedofilia, estelionato, entre outras coisas, as portas estão sempre aberas e parecem não ser negativas às morais ditas religiosas.

Afirmar, agora com esta proposta que tira do líder religioso a “culpa” pelo preconceito direcionado a quem quer que seja, que pessoas podem ser excluídas das igrejas e de seus cultos e impedidas de praticar a religião socialmente por conta de sua sexualidade, é o mesmo que continuar afirmando que as coisas são como são porque deus quis assim. Então, quem será julgado e/ou punido, processado ou culpado da prática de preconceito, se a base para tal atitude está construída em mitologia e folclore religioso?

Caso a resposta seja mesmo a religião como forma de embasamento e argumentação para crimes sociais, então teremos que desconsiderar e desculpar familiares pelos assassinatos cometidos contra seus próprios parentes, mães e pais que matam seus filhos, massacres, infanticídio, violência contra as mulheres, entre outros crimes bárbaros que podem ser baseados em registros e tradições “interpretadas” religiosamente.

Afinal, nossa vida é pautada por leis sérias, governamentais, construídas pelo processo democrático de direito, ou por regras oriundas de pastores, padres e outros supostos mensageiros de deus, que tomam como corretas apenas as suas próprias interpretações sobre a existência do ser humano”?
 

Leia, conheça mais e baixe o que quiser.

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14/10/2013

Desafio Impossível com dois livros.

Uma brincadeira legal para se fazer com dois livros como forma de incentivo à leitura.
 
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Céu e Sol dia 14 de outubro de 2013





Não é nenhuma teoria da conspiração ou do fim do mundo, mas olha só o comparativo com uma cena do filme Melancolia (2011) do diretor Lars von Trier.



Foto original sem efeito - Marco Buzetto